quarta-feira, 2 de maio de 2007

Beautiful day


Primeiro de maio, acordei tarde e vi o dia lindo que estava lá fora, comentei com minha prima que todo dia do trabalho costuma ser assim, um friozinho com um sol bonito. Estava muito alegre e o sol era a promessa de que o feriado ia ser bom.

Eu queria fazer tudo o que eu mais gosto. Descansar um pouco a cabeça, ouvir música, ver os amigos...e sair pra dar uma voltinha de carro. Falei com meu pai pra irmos na casa do meu tio Gê e então eu, minha irmã Déia e meu pai entramos no carro. Antes de sair minha mãe insistentemente pediu que eu colocasse o cinto, eu realmente ia colocar, só estava arrumando o banco antes, mas ela falou várias vezes. Coloquei.

Saímos. Subi minha rua até a Sonho gaúcho. Parei no farol da delegacia. Estava com medo de parar no farol, porque fica bem numa ladeira, e eu ainda não aprendi a técnica direito. O farol abriu e o carro ficou em vai não vai. Por fim saí cantando os pneus, mas consegui atravessar a Águia de Aia.

Segui o caminha naturalmente. Após contornar a praça, dei seta e fui entrar em uma das ruinhas do bairro de tio gê. Tinha uma pequena ladeira antes de entrar na rua então eu acelerei. Depois virei o volante e virei mais pra entrar na minha faixa, pois a rua era estreita demais. Só que daí ao invés de freiar eu acelerei de novo e perdi o controle do carro. Meu pai tentou contornar o volante mais não dava mais tempo. Bati o carro no murro.

É horrível estar revivendo tudo isto de novo. Foram segundos que pareceram uma eternidade. Só nós sabemos como foi estar dentro do carro naquela hora.

Meu pai saiu e foi ver como tinha ficado o carro. A Déia entrou em pânico, tinha batido a cabeça. Eu fiquei sem reação. Não conseguia falar, nem pensar. Um monte de pessoas vieram ver o que acontecera.
Os pneus da frente estouraram, o vidro trinchou, o para brisa quebrou e a suspensão do carro estragou.

Foram chamar meu tio, e depois o guincho e depois um monte de gente da família. Uma senhora me ofereceu um copo d’água e eu fiquei lá calada, ouvindo um monte de vozes, sem conseguir me apegar a nada. Vim embora pra casa e fiquei o dia inteiro chorando.

Todo mundo ficou muito mais tranqüilo que eu. Todos falaram que o importante é que ninguém havia se machucado. Todos me contaram vários casos, pra mostrar que isso acontece com todo mundo, mas nada disso aliviou o que eu senti...

Um comentário:

Gisele Brito disse...

lívia, tinha feito um comentário enorme. Apagou. então agora, só saiba que ue li sue post e acho bom vc estar bem.