terça-feira, 9 de junho de 2009

Da música no pá tropi...



Drummond já afirmou, nós também temos saudade do que não vivemos. Nunca soube explicar, mas desde criança me interesso pela música da década de 60, e adorava ver na TV as imagens dos grandes festivais daquela época em que Elis, Caetano, Mutantes, se apresentavam.

Hoje fui assistir o documentário Simonal - Ninguém sabe o duro que dei, de Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal. Como um documentário típico para sua temática, intercala os depoimentos com música, mas também com recursos de imagens irreverentes ao estilo do artista, cuja história eu desconhecia.

Baseado na ascensão e queda do ídolo que depois foi condenado pelos artistas e pela imprensa - diga-se de passagem - e não pelo púlbico, o documentário serviu de certa forma para recolocar Wilson Simonal na história da música brasileira.

Amir Labaki, em sua coluna sobre documentários no Valor Econômico, apontou para a tendência de produção de filmes sobre músicos no Brasil. Mas acredito ainda que há um movimento à parte, que não é somente musical, mas que reproduz uma nostalgia dos anos 50, 60 e 70.

O diferencial de Simonal é narrar uma história de um músico não somente por causa da sua importância, mas justamente pra gerar um debate em torno do seu ostracismo, a ponto de eu, com meus vinte e poucos anos, só ter ouvido falar do cantor como se fosse um passado distante, e não associá-lo àqueles bons tempos que gostaria de ter vivido...

foto: Bravo Online

Um comentário:

Rose Soler disse...

Bom, eu não gosto muito de MPB, mas tenho a mesma sensação que você com algumas músicas que escuto.
Adoraria ter nascido na época em que o Elvis lotava estádios, e gostaria muito de ter tido a chance de ver um show do Johnny Cash.

Talvez essa fascinação que eu sinta seja pelo aparente glamour que a tv e o cinema transmitem daquela época. Ou talvez eu apenas ache aquelas músicas melhores do que muitas de agora.

Bjos