segunda-feira, 25 de julho de 2011
O que fica
Amy Winehouse está morta. E para mim, como para muitos jornalistas e críticos que li neste fim de semana, tratava-se de uma morte anunciada. A vida desregrada, o excesso de drogas e álcool estava a deteriorando aos poucos.
Sua morte trágica, aos 27 anos, a transforma em um mito, como muitos outros. Mas antes disso, sua vida e obra também traziam certa nostalgia do passado, como bem apontou Camilo Rocha em seu blog "Amy Winehouse parecia não pertencer aos dias de hoje”.
A partir dos anos 90, e sobretudo nos 2000, um pop star se envolver em escândalos, e publicamente assumir ser usuário de drogas não era mais comum, como nos anos 60 e 70. Amy trouxe este comportamento de novo à moda, desagradando, mas, também por isso, gerando uma legião de fãs, para os quais “rehab” era um hino de libertação de um mundo tão politicamente correto.
Para além da atitude rock in roll, para mim o grande legado de Amy Winehouse foi atualizar e modernizar a tradicional música “negra”, atraindo os ouvidos dos jovens para o jazz e o clássico R&B. Ela foi cedo demais, mas acredito que deixou um legado. Abriu caminhos para Adele, por exemplo. A esperança está viva.
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4 comentários:
Ótimo texto Liv,
Pra mim, a Amy morreu há três anos, pois não vi nenhum show decente desde esta época, apenas shows em que ela não conseguia cantar, desafinava, xingava e dava porrada nos seus fãs.
Uma cantora maravilhosa, uma letrista fantástica, acabou virando piada e digna de pena.
Porém, com sua morte, os tablóides a deixarão em paz.
:)
O álbum "Back to Black" passará de geração para geração como a marca desse mito chamado Amy Winehouse. E, infelizmente, perdemos mais uma referência na música de qualidade por levar a vida sem limites...
Belo texto...
Beijos
Coitada morreu de overdose
Tirando a óbvia referência ao clube dos 27, a Amy foi sim algo de grande na minha visão, mas não sei até que ponto a conduta final de personagens como ela influencia a cultura. Com certeza é criticável, mas hj em dia td é. Uma coisa porém, como vc disse, vale: abrir portas. Se não para a música, pelo menos para uma breve reflexão de vidas. Sua, dela, nossas e de todos.
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