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terça-feira, 4 de março de 2008

Cada vez mais distantes...


Coincidência ou não, depois da renúncia de Fidel, a tensão entre Colômbia, Equador e Venezuela se tornou intensa. Fidel, companheiro de luta de Che Guevara, que pregava que a América Latina deveria ser unida, ter interesses em comum para assim conquistar a soberania. E é em busca da soberania que o Equador se manifesta, e conflito aumenta.

Uma situação delicada, mas que me faz lembrar da minha viagem ao Paraguai e a leitura da tese de Denise Mota, "Vizinhos Distantes", sobre o cinema na América do Sul: Parece que as distâncias estão aumentando ao invés de diminuirem. E isto não somente no cinema...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O poder do mito


Nesta magrugada, Fidel Castro tornou pública uma carta na qual renuncia o seu mandato de presidente da Républica socialista cubana, onde esteve na liderança por 49 anos.

Seja como revolucionário, ou chefe de Estado, Fidel se tornou uma figura muito forte. Ele era a representação não somente do regime que defendeu todo este tempo, mas era a imagem do próprio país, e continuará sendo. Como nosso presidente Lula afirmou, trata-se "do único mito vivo da humanidade".

Este fato histórico está mobilizando os outros países que acreditam que este é o momento de instaurar o modelo "ideal" de democracia, ou seja, o capitalismo neoliberal. Apesar de considerar que o socialismo de Cuba já sofria muitos problemas, é o momento de se questionar: Será que a abertura política e econômica será a melhor escolha?

Penso no que acontecerá daqui em diante. Será que o socialismo, comunismo, seja com que nome for, ainda terá espaço na sociedade? Será que direita e esquerda serão termos ultrapassados e inutilizáveis? Será que as ideologias só se mantém enquanto houver grande líderes, grandes mitos? Isto só o tempo poderá nos responder...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Enquanto isso no Novo Mundo (ou no jardim do quintal)...


Meu último texto sobre a África me fez sentir a necessidade de falar sobre minha viagem à Assunção em novembro do ano passado. Minha ida ao Paraguai causou muita curiosidade para muitas pessoas, e a maioria sempre perguntava: “Vai comprar muamba?”

Apesar de ter feito algumas comprinhas, a maioria delas lembrancinhas da Plaza de la libertad, e não de Ciudad del Este, o objetivo era acadêmico. Eu e mais cinco amigas fomos ao Paraguai realizar uma reportagem para a disciplina “Jornalismo e a política internacional”.

O tema de nossa reportagem era o cinema. Sim, existe cinema paraguaio, apesar de todos os problemas, os quais nossa reportagem buscou analisar. A maior dificuldade do país no desenvolvimento de uma cultura cinematográfica é a falta de incentivo do governo e o predomínio da circulação e exibição dos filmes de Hollywood, assim como no Brasil e no resto dos países latino americanos.

A viagem foi boa, porque é sempre muito interessante conhecer novos lugares, mas para mim ela foi melhor pelo o que ela mostrou de parecido. O Brasil às vezes se esquece de reconhecer, que salvo o idioma, somos muito semelhantes com os outros países do continente, principalmente nos problemas, historicamente criados desde a colonização.

Não só a África deve ser mais unida, a América latina também. Acredito que quanto mais países lutarem por soberania, o poder de influência de um só sobre o restante no cinema, na economia, na política poderá diminuir. E essa soberania é claro, a meu ver, deve partir do povo, não de forma manipulada como costuma acontecer.

Pode até ser utopia, mas quem sabe um dia a América Latina, de forma pacífica e não com guerra, alcance o ideal do argentino Che Guevara: “A vitória nossa ou a derrota de qualquer nação do mundo, é a derrota de todos".