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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Entre o público, o privado e o sagrado


Primeiro foram as acusações do Ministério Público contra Edir Macedo. O dinheiro da Igreja Universal estaria sendo utilizado com objetivos financeiros não permitidos a instituições religiosas.

Em seguida uma disputa midiática entre Globo e Record, ambas empresas privadas que, independente da tradição religiosa a qual estão vinculadas, são grandes formadoras da opinião pública.

Acho tão curioso, e na maioria das vezes triste também, como a sociedade vivencia a religião como se fosse apenas mais um campo social, como a política, a economia, etc. Diante de tantos escândalos e disputas, onde fica aquilo que de mais belo, simples e essencial constitui as práticas religiosas: a Fé?

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O Michael de Henrique


Em 2007 eu fazia estágio no Programa Ler e Escrever, na primeira série de uma escola municipal da Zona Oeste, próxima à USP. Na classe, havia um aluno chamado Henrique, fã de Michael Jackson aos sete anos de idade.

Henrique era um dos alunos mais carismáticos da sala. Esperto, comunicativo e sobretudo muito persuasivo. Era muito interessante quando a professora às vezes lançava algum debate na sala de aula e ele prontamente respondia exatamente aquilo que ela queria ouvir.

Apesar de bagunceiro, ele sempre defendia que os alunos deviam ser comportados, modalizando a voz, usando palavras difíceis, como quem quer mostrar que está falando sério. Ele era brilhante, e nem tinha aprendido a ler e escrever.

Em determinado dia, a professora avisou que haveria uma festinha na sala de aula e a professora levaria o "som" para a classe. Henrique perguntou se poderia levar o seu CD do Michael Jackson. A professora e eu ficamos surpresas com a proposta do menino, e ela concordou.

No dia seguinte, Henrique era um dos mais ansiosos para começar a "festinha". Chegou na sala e rapidamente tirou o CD de sua mochila para a professora tocá-lo. A música era "Bad", e logo ele começou a dançar, imitando os passos do rei do Pop, andando para trás, com o seu sorriso esperto no rosto. Fez o maior sucesso.

Henrique contou que o seu tio que o ensinou a ser fã de Michael. Eu e a professora nos divertimos muito naquele dia. Ela não acreditava que aquele menino que, assim como eu, não tinha idade suficiente para ter visto, como ela viu, o pequeno Michael se tornar um mito, podia gostar tanto do cantor.

Michael morreu, mas a lembrança e a influência dele ainda ficará por muitas gerações.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

"O sistema é mal, mas minha turma é legal..."



Na semana passada o STF votou pela não obrigatoriedade do diploma de Jornalismo. A polêmica e as manifestações foram muitas, mas acredito que na prática pouca coisa vai mudar. O mercado de trabalho no jornalismo já é bastante informal e as organizações profissionais não possuem força política para contestar o que seja.

Estou fazendo pesquisa em Sociologia na faculdade e tenho algumas opiniões que não colocarei nesse espaço, pois se tornaria praticamente uma defesa de mestrado. Só acho que os profissionais da área devem desconfiar que logo após invalidarem a lei de imprensa, o Supremo esteja tão preocupado com o exercício do jornalismo no país. Vamos aguardar se isso também acontecerá com outras categorias, talvez com os cozinheiros, com os quais fomos comparados por Gilmar Mendes.

Acredito que para os ainda estudantes de jornalismo seja mais frustrante saber que seu diploma não terá muito valor. Ao menos, já sou (récem) formada...

Foto: Minha colação de grau em fevereiro de 2009, quando o diploma ainda era obrigatório

terça-feira, 10 de março de 2009

Empate FENOMENAL!!!



Acho que desde a Copa de 2002 não me sentia tão emocionada com um Gol, como o marcado por Ronaldo, no clássico entre Corinthians e Palmeiras no domingo.

Acredito que esse momento estava sendo aguardado por muitos torcedores, não necessariamente corintianos. Ronaldo é um fenômeno, no esporte e na mídia, e isso é fato indiscutível.

Independente do "circo" que fazem em torno de seu retorno aos bons tempos de futebol, ele está dando mais um exemplo de superação, bem ao jeito brasileiro do qual, ao menos, eu me orgulho.

Foto: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=ronaldo-reencontra-gol&cod_Post=166952&a=111

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Yes, we can!


A posse do novo Presidente dos EUA, Barack Obama, foi um acontecimento histórico porque, como há muito tempo não acontecia, trouxe um grande sentimento de esperança para o mundo.

Durante o seu discurso de posse, o 44° Presidente do país confirmou essa esperança, mostrando consciência dos problemas políticos, econômicos e até dos ambientais que os Estados Unidos possui, já que é considerado a maior potência mundial.


Muitos estão acreditando que a transição política americana marca o início do fim do unilateralismo. Mesmo que isso demore, os sinais são positivos, e uma nova era baseada no diálogo e até mesmo na paz, quem diria, parece estar começando.

Que esse desejo mundial se concretize e não fique apenas no discurso...

sábado, 10 de janeiro de 2009

Vivendo e não aprendendo...


Para mim, que sou cristã, é sempre triste ficar acompanhando os conflitos do Oriente Médio, local que para muitos é considerado sagrado, mesmo assim isso não impede a violência e a morte, que se intensifica na guerra entre Israel e o Hamas na faixa de Gaza.

Mas, ao menos de fora, para mim o problema não é religioso, é falta de amor à própria humanidade. Os judeus, que só obtiveram a legitimidade de seu Estado devido ao massacre do Holocausto na Segunda Guerra Mundial, deveriam ser os primeiros a pregar a paz, mas o que os fatos nos mostram é que nem sempre a história ensina...

Foto: http://dailycensored.com/tag/gaza/

domingo, 18 de maio de 2008

"Meus inimigos estão no poder..."



A saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente foi uma grande perda política para Lula. Ela era uma das últimas ministras do primeiro mandato do presidente que ainda se mantinha no governo. A meu ver, isto é um reflexo do quanto as práticas políticas foram se modificando.Mas para mim isto não é de longe o mais importante. O grande problema é a questão da Amazônia e de toda a agenda ambiental em nosso país.

Marina saiu porque estava cansada de não ser ouvida, de seus projetos não irem para frente. Isso mostra que o tema meio ambiente ainda sofre preconceito no debate político, mesmo com todo o apelo da opinião pública em assuntos como o Aquecimento Global e etc, ele ainda é tratado como assunto de gente alternativa, bicho grilo que pratica reciclagem.

As entidades que lutam por essa bandeira, como o Greenpeace entre outros, são muito importantes para a mobilização social, mas a presença de pessoas que lutem por isso dentro do governo é fundamental. Como a própria Marina tanto queria, o tema do meio ambiente deve estar presente no planejamento de todas as outras áreas, para acontecer efetivamente um desenvolvimento sustentável.

Infelizmente há muitos interesses envolvidos nessa questão que tendem a dificultar esse objetivo. Mas o Brasil, tanto Estado, quanto sociedade, não pode se esquecer da responsabilidade não apenas soberana, mas também de nossa própria sobrevivência, que tem em relação à Amazônia e à preservação de nossas reservas naturais. A esperança agora é que essa luta, que estava personalizada na figura de Marina, dê frutos, literal e não literalmente falando...

domingo, 6 de abril de 2008

Um poço de sensibilidade...



Assim como a grande mídia, me senti no dever de comentar a polêmica história da menina Isabella Nardoni. Mas não quero falar da tragédia em si, que já está tão explorada por todos os veículos de comunicação. Quero falar sobre a impressionante mobilização que acontece na sociedade em alguns momentos.

É interessante observar como alguns temas "pegam" e outros não. O caso de Isabella "pegou" de forma tão forte, que já há correntes de oração na internet, diversas comunidades no orkut, vídeos no youtube...
Além de é claro, repórteres da TV de plantão na delegacia, prontos para entrar no ar ao vivo a qualquer instante, só pra dizer que a polícia vai estar investigando alguma coisa...

É perfeitamente normal sentir tristeza pela morte sem sentido de uma criança. Mas,pelo menos para mim, o que está acontecendo, é uma grande exploração, que no fundo, não respeita a vida que esta menina teve. Agora ela é mais que uma menina, ela é um símbolo, que, porém, não teve escolha para se tornar o que é.
Não faço idéia de como este romance policial vai acabar, e estou procurando não julgar ninguém antes da hora, mas só acho que a sociedade já pode seguir em frente, para que Isabella descanse.

terça-feira, 4 de março de 2008

Cada vez mais distantes...


Coincidência ou não, depois da renúncia de Fidel, a tensão entre Colômbia, Equador e Venezuela se tornou intensa. Fidel, companheiro de luta de Che Guevara, que pregava que a América Latina deveria ser unida, ter interesses em comum para assim conquistar a soberania. E é em busca da soberania que o Equador se manifesta, e conflito aumenta.

Uma situação delicada, mas que me faz lembrar da minha viagem ao Paraguai e a leitura da tese de Denise Mota, "Vizinhos Distantes", sobre o cinema na América do Sul: Parece que as distâncias estão aumentando ao invés de diminuirem. E isto não somente no cinema...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O poder do mito


Nesta magrugada, Fidel Castro tornou pública uma carta na qual renuncia o seu mandato de presidente da Républica socialista cubana, onde esteve na liderança por 49 anos.

Seja como revolucionário, ou chefe de Estado, Fidel se tornou uma figura muito forte. Ele era a representação não somente do regime que defendeu todo este tempo, mas era a imagem do próprio país, e continuará sendo. Como nosso presidente Lula afirmou, trata-se "do único mito vivo da humanidade".

Este fato histórico está mobilizando os outros países que acreditam que este é o momento de instaurar o modelo "ideal" de democracia, ou seja, o capitalismo neoliberal. Apesar de considerar que o socialismo de Cuba já sofria muitos problemas, é o momento de se questionar: Será que a abertura política e econômica será a melhor escolha?

Penso no que acontecerá daqui em diante. Será que o socialismo, comunismo, seja com que nome for, ainda terá espaço na sociedade? Será que direita e esquerda serão termos ultrapassados e inutilizáveis? Será que as ideologias só se mantém enquanto houver grande líderes, grandes mitos? Isto só o tempo poderá nos responder...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Alvinegro ROXO



Sempre afirmei que eu não sou uma corintiana roxa, sou uma corintiana alvinegra...pois agora eu até posso dizer que sou sim. O clube acaba de lançar a camisa do terceiro uniforme do time, que é a cor da mistura entre o vermelho e azul.

A intenção foi justamente causar impacto e aumentar a paixão dos torcedores pelo time, segundo a diretoria, que afirmou que ela será estreada em março.

Que a nova cor dê sorte a nosso Timão....é aguardar pra ver.

Notícia: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2008/01/30/ult59u144595.jhtm