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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O que eu vi da vida

O que dizer no dia do meu aniversário de 25 anos?



Que hoje me sinto muito feliz por tudo que sou e por tudo que conquistei, pela minha consciência da vida, que a cada dia se constrói, pelas experiências vividas e a sabedoria adquirida, e por ver que tudo o que aconteceu até hoje fez sentido e por sentir que estou vivendo exatamente o que devia viver.

O filósofo francês Sartre, ao defender o existencialismo, disse: "O homem não é nada mais do que aquilo que faz a si próprio". Eu concordo; eu sou o resultado de minhas escolhas. Mesmo quando a gente age sem pensar, os resultados sempre dependem de nós mesmos, e por isso não adianta viver se lamentando, é sempre necessário agir e tomar uma atitude.

Também posso dizer que me sinto honrada por estar rodeada de pessoas do bem, cheias de energia positiva, que me querem bem, e que eu também amo muito!!!! Pessoas que me orgulho por conhecer e por fazerem parte da minha vida!!!

Só tenho a agradecer a Deus por cada dia, cada experiência, cada momento. Não tenho motivos para me arrepender de nada do que fiz ou deixei de fazer. Sempre fui verdadeira em tudo, sempre me dediquei ao máximo para fazer as coisas nas quais eu acredito darem certo.

Não lamento o que deixei para trás, assim como também não tenho medo do que está por vir. Não quero nunca me acomodar com o mais fácil, ou me conformar com o que o destino me prepara.Como o grande Guimarães Rosa disse, o que a vida quer da gente é coragem, e é no dia-a-dia que a gente tem que provar a nossa coragem a ela para seguir nosso caminho!!!

Sobre o que espero do futuro? Como Toquinho canta em Aquarela, "nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá", o importante é seguir em frente, perseguindo a felicidade, lutando pelo que se acredita, pois para mim é dessa forma que alcançamos a vida plena, e ficamos mais perto de Deus, e vivemos nosso céu, ainda na terra.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Recomeçando...


Faz muito que não escrevo no blog porque, infelizmente, a vida corrida, às vezes, sufoca nossos pensamentos e ideias, e o tempo nunca parece ser suficiente para escrever algo que mereça ser lido, enfim, crises pessoais.

Mas quero registrar aqui que estou iniciando um novo desafio em minha vida. Na verdade ele começou em novembro do ano passado, quando entrei para a equipe do Blog Mural, da Folha de S. Paulo, onde escrevo sobre as notícias das periferias dessa minha cidade, que parece ter tantas dentro de uma só.

Está sendo uma experiência muito rica para mim, estou reaprendendo a olhar a região onde moro com mais carinho e respeito, e também pensando em tentar ajudar no que for possível para vê-la melhorar. E foi uma oportunidade de eu voltar a fazer jornalismo, algo, que no fundo, eu nunca abandonei.

E com essa retomada, por coincidência, destino, ou por conta das minhas próprias escolhas, agora, vou voltar a trabalhar com comunicação, fazendo parte da equipe de assessoria de imprensa da Obra Social Dom Bosco de Itaquera, que tem um trabalho que eu sempre admirei, e inclusive foi um dos temas do meu trabalho de conclusão do curso de jornalismo. E também é muito perto da minha casa!

Espero que eu possa adquirir experiência e aprender o máximo possível nesse novo recomeço. Às vezes acho que as coisas na vida são frutos do acaso, as vezes parece que tudo acontece exatamente como devia, é difícil entender...mas como dizia a grande Clarice Lispector "Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento"!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

"Mero incidente...


...corriqueiro, ser MULHER a vida inteira". Assim diz a canção da cantora Céu. Nesses últimos dias, passei por situações que me fizeram pensar a respeito da forma como as mulheres se posicionam a respeito da vida, dos relacionamentos, do trabalho, etc.

Dia desses assistindo o clip de "If I were a boy" da Beyonce eu escuto de um homem: "a letra dessa música é muito bonita". Na hora eu já pensei em começar um debate sobre o assunto, mas preferi não falar nada, para não "discutir a relação".

Às vezes penso que ser homem deve ser tão mais simples. E às vezes eu mesma procuro agir da mesma forma que eles. Mas acontece que por motivos mil, a gente não se livra tão facilmente daquilo que nos define mulher.

Meu projeto de Iniciação Científica que comecei em março deste ano é sobre a importância da escolarização para a decisão de mulheres se tornarem escritoras. É claro que a formação influencia homens também, mas meu foco é em mulheres filiadas a uma Ong que luta especificamente pela causa da literatura feminina.

Vou começar a ler "A dominação masculina" do sociólogo Pierre Bourdieu. Apesar de não ter começado, já tenho uma ideia do que ele vai afirmar. Que as características femininas são socialmente construídas e, portanto, arbitrárias.

Mas a própria teoria de Bourdieu também nos mostra que as condições sociais já estão no nosso inconsciente. E assim continuo a ser mulher, nas pequenas e grandes coisas, até mesmo quando escolho um layout rosa para o Blog...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Em Nome do Filho


Depois de muito tempo sem postar venho anunciar a novidade: Terminei o vídeodocumentário "Em nome do Filho", a peça de estudo e produção que desenvolvi junto com outras quatro amigas para a conclusão do curso de Jornalismo.

Trata-se de um documentário expositivo que mostra o trabalho de três pessoas que pertencem a segmentos diferentes da religião cristã, mas que tem em comum a prática da ação social. O vídeo discute os papéis da Igreja, Estado e Sociedade Civil, aliada ao Terceiro Setor.

Modéstia à parte, o vídeo ficou muito bom, dentro das nossas expectativas e possibilidades, e não sou eu só que digo, o trabalho foi avaliado com 10 pela Banca examinadora.

Espero que ele não se limite apenas a um trabalho de conclusão de curso e possa despertar debate e incentivar a ação social de pessoas religiosas e não religiosas.

domingo, 27 de abril de 2008

Um só quadrado!



Ano passado eu escrevi no Blog sobre a Virada Cultural, contando como eu me meti em algumas situações pelas quais eu passei. Este ano, pela segunda vez que participo, eu pensei mais sobre as outras pessoas que curtiram as 24 horas de Cultura em São Paulo.

Acho que nenhum outro evento da cidade consegue atrair pessoas tão diferentes. Primeiro, descendo da estação do Metrô (República), me vi diante de vários grupos de roqueiros, uns comedidos, outros ultra-personalizados. Desde cuturnos a AllStars sujos (como os meus, que estavam limpos, mas agora já estão no tanque), eles eram bem extravagantes e chamavam atenção.

Passei pelas ruas de reduto GLS, vi michês e travestis, vi a tribo dos estudantes "pseudo-intelectuais-alternativos", a tribo dos regueiros e forrozeiros, com camisetas ao estilo Taidai e sandálias de dedo, enfim, encontrei desde meninas com minimicosaias ao estilo "pagode-funk", até senhoras ao estilo "mães-avós", um tanto perdidas noite adentro.

Apesar dos conflitos no ano passado durante a apresentação dos Racionais, acredito que essa é a única festa promovida pelo Estado, que valoriza as diferenças, com espaço para todas os tipos de manifestação cultural. É interessante observar como as pessoas da periferia se deslocam para o Centro, em uma tentativa de realmente fazer parte da cidade, e como pessoas mais ricas esquecem o medo da violência e abrem mão de suas blindagens para caminhar pelas ruas.

Acho que essa característica do evento é o que fez com que ele se consolidasse e se tornasse um sucesso de público a cada ano. Não é uma tentativa de criar uma identidade única forçada através da imposição de "gostos", há um respeito pela diversidade. Não se trata de uma festa idealista. Ela é inspirada apenas na "Nuit Blanche" francesa, e não em seus princípios iluministas...

sábado, 24 de novembro de 2007

DECLARO SER POBRE


Uma situação que me aconteceu sexta-feira me fez avaliar muito as coisas em que acredito. Felizmente ela confirmou os meus princípios. Mas antes de narrar a situação, quero antecipar o assunto a partir de um dia antes, em uma aula de ciência política.
Estudando Bobbio, estávamos discutindo o livro "Esquerda e Direita", nele o pensador italiano diz que se considerou uma pessoa de esquerda quando se sentiu mal ao ver as desigualdades sociais em suas viagens. Me lembrei imediatamente da célebre frase de Che Guevara: "Se você treme de indignação perante uma injustiça, então somos companheiros".

Enfim, na sexta fui ao Poupa Tempo da Sé. Fui tirar um novo RG porque perdi minha carteira. Eu a reencontrei, mas o dinheiro não estava mais lá. Algúem que nem me lembro quem comentou: "É claro, estamos no Brasil!".
Na Sé, assinei ao lado da afirmação - "Declaro ser pobre, conforme Lei nº 7.115/83". Isso para não pagar a taxa de R$21 e alguns centavos.
Como é uma situação desconfortável. Mas ao mesmo tempo, é ridícilo se sentir mal, por não ter dinheiro para obter um documento que prova a sua existência. Quais são as vantagens de viver em uma sociedade em que você é o que tem, o que compra, o que consome? E por que se submeter de tal forma a isso, se sentir culpado por não estar enquadrado neste tipo esperado, por não ter dinheiro, por ser pobre.

Ao meu lado, um homem também tirava seu registro de identidade. Suas roupas estavam sujas e velhas. A funcionária perguntou: "Seu endereço?". Ele respondeu: "Não tenho, não senhora". Isso me fez tremer de indignação. Me fez crer que sou realmente de esquerda, mesmo sem saber em que esquerda devo me encaixar. Sinto não pertencer a nenhuma, nem às alienadas demais, nem às vendidas demais. Mas sinto que ainda devo lutar pelo nosso país, lutar pelos seres humanos, que mesmo sem lar, comida, família, ainda querem ser considerados cidadãos brasileiros, querem ter uma IDENTIDADE.