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domingo, 29 de janeiro de 2012

até a última ponta


Assisti enfim o documentário sobre a descriminalização da maconha, Quebrando tabu, produção de Fernando Menocci, Silvana Tinelli, Luciano Huck e direção de Fernando Grostein Andrade, com argumento e participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Achei interessante assistir o filme agora, momento em que a discussão sobre a ocupação da Cracolândia de São Paulo domina os noticiários e redes sociais, pois nele fica evidente que o problema das drogas não é uma questão de polícia.

O longa é bem montado, de forma a ser atrativo para diferentes públicos, desde os ativistas que lutam para a legalização da maconha, até o jovem ‘moderninho’, que nunca experimentou, mas adora fazer apologia.

Após ver todo o documentário, é evidente que o problema é muito mais social. O tráfico é terrível para a América Latina, sobretudo no México e na Colômbia, onde mata e aterroriza milhares de pessoas todos os anos. Além disso, os punidos e presos são, em sua maioria, os pobres e negros, seja no Brasil ou nos EUA.

Acho importante a dedicação de FHC em discutir a questão, aproveitando de sua influência política e concordo com ele na defesa da descriminalização para usuários, a exemplo de Portugal, onde, aparentemente, a experiência tem dado certo.

Mas por aqui, enquanto não houver políticas reais de inclusão social e trabalho para os jovens, o tráfico vai continuar graduando bandidos. E a falta de perspectivas e de visão de futuro, contribuindo para o contato dos jovens com as drogas e a possível dependência.

Quando o tema é drogas, é importante, sim, cortar as folhas. Mas, o ideal é ainda arrancar as raízes.

domingo, 18 de outubro de 2009

O que é bonito é pra se mostrar!

Fiquei muito feliz com o comentário do diretor do documentário O milagre de Santa Luzia, Sergio Roizenblit aqui no Blog. Como ele pediu aí está o trailler do longa:

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Do porque adoro documentários (ou do orgulho de ser brasileira)

Segunda-feira fui assistir ao documentário O milagre de Santa Luzia (2008), de Sérgio Roizenblit. O título faz referência ao nascimento de Luiz Gonzaga, 13 de dezembro, dia de Santa Luzia.

Quem me conhece sabe que eu gosto de forró pé de serra. Além disso, moro no Jardim Nordeste e a sua principal igreja católica é a Paróquia Santa Luzia. Enfim, estou imersa no tema do filme. Levei minha mãe, quem me ensinou a gostar de música e a assobiar.

Dominguinhos é o protagonista e conta a história da sanfona, ou acordeão, ou gaita - diversos nomes para esse instrumento musical tão versátil quanto a música popular brasileira, e que o longa consegue mostrar tão bem.


O documentário começa sua história no Nordeste, mescla a música com a poesia de Euclides da Cunha, e a fotografia é esplêndida. O filme tem leveza, humor, e mostra a realidade sertaneja sem ser pedante. A comparação que o autor realiza entre as imagens do sertão e a versão “forrozeira” de New York de Frank Sinatra é genial!

Do nordeste, Dominguinhos parte para o Centro-Oeste, mostrando o belíssimo pantanal e a influência paraguaia na música que comumente a gente define como “caipira” e depois, no Sul do país, apresenta a tradição gaúcha, tão peculiar como seu próprio povo.

Em São Paulo, o diretor mostra a mistura de culturas e também apresenta a questão da migração com a história emocionante de Dominguinhos, semelhante a tantas outras. Minha mãe, migrante mineira, se identificou e se emocionou nesse momento.

A grandeza do documentário é mostrar os elementos da cultura brasileira com a simplicidade do povo, na sua linguagem, revelando o que às vezes fica escondido, tornando visível o Brasil que nem todos conhecem.

Esse talvez seja o verdadeiro milagre de Santa Luzia, protetora dos olhos. Amém.