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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Serei eu (ainda) jornalista?


Neste dia do jornalista que já está acabando, me pergunto: ainda sou jornalista? Por diversos caminhos da vida eu não estou trabalhando na área; isso significa que meu diploma (que já não é obrigatório) ficou, de vez, na gaveta?

Muitos acreditam que o jornalismo é uma missão, um sacerdócio. Concordo que ele é uma atividade que está além das relações trabalhistas, e é também por isso que, neste aspecto, é tão desvalorizada; as condições de exercício da profissão são muitas vezes injustas e precárias, a classe não é unida, entre outros problemas.

Sob o pretexto de afirmar que basta ter talento para escrever bem e correr atrás da notícia, custe o que custar, a profissão em si não é socialmente institucionalizada, o curso acadêmico é desmerecido e, no meio de tudo isto, nós, estudantes, recém formados etc. nos doamos muito por muito pouco.

Imagino como seria hoje minha vida se eu tivesse conseguido aquele estágio na Globo,no "Profissão Repórter", ou tivesse passado na entrevista para o Focas do Estadão, dentre tantas outras oportunidades. Talvez estivesse realizada, mas pudesse ser menos crítica em relação à mídia e comunicação, como sou hoje.

Às vezes penso em como seria se tivesse insistido em procurar algum trabalho minimamente digno e seguro, com o qual eu pudesse investir em meus projetos pessoais, como estou fazendo agora, longe do jornalismo. Não sei dizer se seria melhor ou pior. Não me arrependo e acredito em um certo destino, de acordo com as condições que a vida me deu.

Ainda assim, para mim o jornalismo é uma profissão maravilhosa e muito honrada e eu tenho muito orgulho em dizer que sou uma jornalista. Não praticante, mas que ainda assim faz uma oração, quase em segredo, sempre que pode.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

"O sistema é mal, mas minha turma é legal..."



Na semana passada o STF votou pela não obrigatoriedade do diploma de Jornalismo. A polêmica e as manifestações foram muitas, mas acredito que na prática pouca coisa vai mudar. O mercado de trabalho no jornalismo já é bastante informal e as organizações profissionais não possuem força política para contestar o que seja.

Estou fazendo pesquisa em Sociologia na faculdade e tenho algumas opiniões que não colocarei nesse espaço, pois se tornaria praticamente uma defesa de mestrado. Só acho que os profissionais da área devem desconfiar que logo após invalidarem a lei de imprensa, o Supremo esteja tão preocupado com o exercício do jornalismo no país. Vamos aguardar se isso também acontecerá com outras categorias, talvez com os cozinheiros, com os quais fomos comparados por Gilmar Mendes.

Acredito que para os ainda estudantes de jornalismo seja mais frustrante saber que seu diploma não terá muito valor. Ao menos, já sou (récem) formada...

Foto: Minha colação de grau em fevereiro de 2009, quando o diploma ainda era obrigatório

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

"Armas no chão, sapatos nas mãos"


A recente sapatada que George Bush, presidente dos EUA, levou de um jornalista iraquiano me fez ter novamente um sentimento de jornalismo utópico, apesar de agressivo.

O que a sapatada do Bush deixa de lição para nós, jornalistas, é que temos sim que exercer nossa profissão e nos guiar sobretudo pelo dever de transmitir informação de maneira correta e ética, mas sem perder o senso crítico e o desejo, e às vezes necessidade, de protesto.

Se existe uma profissão que possui legitimidade para intervir quando necessário nos assuntos da sociedade, trata-se do jornalismo. Deveríamos fazer isso de forma mais honesta e por vezes, mais prática, tal como o iraquiano, pois como está demonstrado, ela pode influenciar nas questões que se seguem.

E que venha o futuro: 2009, Obama e muitas outras surpresas para todos nós!

fotos: Folha Online

Em Nome do Filho


Depois de muito tempo sem postar venho anunciar a novidade: Terminei o vídeodocumentário "Em nome do Filho", a peça de estudo e produção que desenvolvi junto com outras quatro amigas para a conclusão do curso de Jornalismo.

Trata-se de um documentário expositivo que mostra o trabalho de três pessoas que pertencem a segmentos diferentes da religião cristã, mas que tem em comum a prática da ação social. O vídeo discute os papéis da Igreja, Estado e Sociedade Civil, aliada ao Terceiro Setor.

Modéstia à parte, o vídeo ficou muito bom, dentro das nossas expectativas e possibilidades, e não sou eu só que digo, o trabalho foi avaliado com 10 pela Banca examinadora.

Espero que ele não se limite apenas a um trabalho de conclusão de curso e possa despertar debate e incentivar a ação social de pessoas religiosas e não religiosas.